sábado, 4 de abril de 2015

Resenha do filme Escritores da Liberdade

Resenha por Aline Gadelha - UEPB

Escritores da Liberdade

Ficha técnica do filme

Gênero: Drama
Direção: Richard LaGravenese
Roteiro: Richard LaGravenese
Elenco: Anh Tuan Nguyen, Blake Hightower, David Goldsmith, Deance Wyatt, Hilary Swank, Imelda Staunton, Jason Finn, John Benjamin Hickey, Kristin Herrera, Pat Carroll, Patrick Dempsey, Scott Glenn, Vanetta Smith, Will Morales
Produção: Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher
Fotografia: Jim Denault
Trilha Sonora: Mark Isham, RZA
Duração: 123 min.
Ano: 2007
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estúdio: Jersey Films / MTV Films / Paramount Pictures
Informação complementar: Baseado em livro de Freedom Writers e Erin Gruwell

            O filme Escritores da Liberdade é um filme de gênero dramático e é baseado em fatos reais. A linguagem do filme é uma linguagem mais próxima à linguagem suburbana, onde pode-se ouvir gírias diversas, já que, o ambiente aonde se passa o filme é um ambiente escolar e as gírias partem sempre dos alunos que por sua vez são, em sua grande maioria, de classe baixa e são também envolvidos com gangues e o mundo do crime. O público de interesse desta obra são professores e alunos prestes a se formar também como professores, pois a obra dá muitas dicas de como lecionar da melhor forma, como encantar o aluno, como ganhá-los e não, cada vez mais, afastá-los do convivio da escola, ensina, claro que, de forma ficcional, alguns métodos que podem ser seguidos caso algum professor se depare com tal situação ou pelo menos semelhante. Dá ideias de que o ensino não deve seguir apenas regras tradicionais mas que a busca por novos métodos e novas criatividades podem fazer uma grande diferença em sala de aula. Tem como atriz principal Hillary Swank que vive a professora “Erin Gruwell” na história. Uma professora recem formada que entra em uma escola para lecionar e se depara com uma turma muito problemática, onde os alunos não tem perspectiva de futuro, não tem interesse nos estudos, são envolvidos com violêcia e gangues. Um retrato de uma escola que se localiza em um lugar onde as condições sociais são precárias e os alunos participam desse meio tornando suas visões de mundo resumidas a somente o que eles vivem e não nas amplas possibilidades que eles poderiam ter caso eles não fossem, de uma certa forma, marginalizados até mesmo pela direção da escola, pois nada é feito pela a mesma para mudar a situação em que eles se encontram. A escola não toma nenhuma posição para que esses alunos tenham uma nova visão de mundo.
            Então quando a professora chega a esta sala de aula, com toda a vontade e garra de quem termina um curso e está prestes a exercer a profissão da melhor forma, ela começa a implatar nos alunos os seus ideais, focando principalmente no incentivo e compreensão para com eles, fazendo com que a história da turma seja modificada a partir de medidas muitas vezes simples mas outras vezes muito complicadas já que muitas das práticas que ela começou a exercer em sala não condizia com o que a direção da escola permitia. Muito do que ela fazia ia contra os estatutos da instituição.
            A professora entregou cadernos aos alunos para que, nestes cadernos, eles escrevessem tudo o que sentiam, suas emoções, seus sonhos, ideais, o que viviam, quem eles eram e os incentivou a ler livros que retratavam hitórias de heróis da humanidade como é o caso do livro “O diário de Anne Frank”, e com isso eles pudessem perceber o sentido do que é ser alguém importante, do que é ser alguém com ideais com sonhos e vontade de vencer, fazendo com que eles pudessem se entender e praticar a importância da tolerância entre si.
            Com o passar do tempo os alunos foram tomando gosto pelos seus diários e se engajando neste projeto, começando assim a ter novas visões, idealizar sonhos e lutar por cada um deles. A professora enfim, fez com que a turma pudesse se reerguer do cáos em que estavam, ter motivação em meio a todas as impossibilidades e dificuldades que eles tinham em suas caminhadas.
            Podemos comparar este filme com vários outros no que se refere ao mesmo tema, mas ele assemelha-se bastante com “Sociedade dos poetas mortos” já que, o mesmo, também se passa em um colégio onde os alunos também eram rebeldes, onde o professor também não podia seguir seus métodos e, sim, seguir um padrão de ensino dado pela instituição, porém, mesmo com todas as dificuldades, o professor “Jonh Keating”, vivido por Hobbin Williams tornou-se semelhante à “Erin Gruwell” no que se refere à garra na busca por um aprendizado sem obrigação e sim por prazer; ele, assim como ela, levou os alunos a acreditarem nos seus sonhos, e buscar seus ideais, a tolerarsem-se e a ter seus próprios pensamentos de forma livre, livre de opressões externas.
            Há também um filme brasileiro que assemelha-se com o filme “Escritores da liberdade” que é o filme “Uma professora muito maluquinha”, porém, assemelha-se  de forma muito sutíl, já que, o filme era em uma escola para crianças e as crianças não tinham problemas em relação a suas vidas sociais, porém a professora Cate, vivida por Paola Oliveira, leva para sala de aula, métodos de ensino super diferentes e entusiasmantes para os seus alunos e também, mesmo sendo alunos de primário, ela os ensina sobre diversos temas, inclusive amor, amizade e liberdade e ela também foi criticada e proibida de levar seus próprios métodos para a sala de aula, pela direção, porém mesmo assim ela sempre dava o seu jeito de driblar a situação.
            O filme, Escritores da Liberdade, é um exemplo para professores e alunos de graduação que pretendem lecionar, pretendem ser professores de fato, não apenas por título mas por vocação e amor. O filme motiva-nos a exercer nossa profissão de educadores com uma visão diferente, uma visão de que a educação liberta, de que a leitura é um ponto de partida para a mudança dos indivíduos, não importa a situação em que ele se encontre. Há dificuldades quanto a isso? Há sim, inúmeras dificuldades, pois o filme não deixa de ser uma ficção e que muitas das coisas propostas pela professora não seria possível exercer caso fossemos colocar em prática. É muito mais complicado na realidade em que vivemos onde a maior parte das instituições de ensino nos impede de educarmos da forma como achamos melhor, da forma como gostaríamos e que veríamos resultados. As escolas de hoje são um tanto monopolizadas e a forma de trabalho tem que ser a que a direção exije, contudo, nós professores somos autônomos em sala de aula e mesmo com todas essas barreiras, podemos ser diferentes, podemos fazer diferença na vida de nossos alunos, podemos ter ideias que não fuja tanto das exigências da escola mas que gere algo mais preciso, algo mais encantador, algo mais motivador para o aluno e isso é só uma questão de criatividade e amor para com a educação.

Bibliografia:
LAGRAVENESE, RICHARD. Escritores da Liberdade. Filme. Produção de Danny DeVito, Michael Shamberg, Stacey Sher, direção de Richard Lagravenese. Estados Unidos. Jersey Films / MTV Films / Paramount Pictures, 2007. DVD; 123 min.

Disponível em: http://www.professoramaluquinha.com.br/sinopse/. Acessado: 16/12/2014 às 12:19

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Dead_Poets_Society. Acessado: 16/12/2014 às 12:01

Disponível em: http://espacoacademico.com.br/082/82lima.htm. Acessado em: 16/12/2014 às 12:12


Disponível em: http://www.cineclick.com.br/escritores-da-liberdade. Acessado em: 16/12/2014 às 17:07

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Verbo TO BE sem complicação

 O verbo "to be" é um dos verbos mais versáteis e frequentemente usados na língua inglesa, atuando como um verbo auxiliar e princi...